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Mostrando postagens de novembro, 2011

Ser o que se é

Nunca mais fui o mesmo depois de sentir a tempestade chegar E ouvir as arvores acompanharem o vento e suas vagas Em uma dança turbulenta Nunca mais fui o mesmo depois de chegar na escola E brincar com tantos amigos Correndo até ninguém mais me alcançar Nunca mais fui o mesmo depois de abrir a janela em uma noite chuvosa E olhar as poças de água no meio da rua Respirando fundo o cheiro fresco do aconchego Nunca mais fui o mesmo depois de jogar futebol na chuva E correr atrás da bola até ser derrubado Voltando pra casa todo cheio de barro Nunca mais fui o mesmo depois do primeiro beijo E fechar os olhos Sentindo o coração estremecer por ser amado Nunca mais fui o mesmo depois de me perguntar pra que a vida E limpar a culpa amarga Enfrentando tudo que acreditava Assim ando, não consigo parar de ouvir Tudo que você vem me dizendo Vou me lembrando do que sou E já sinto saudades do que ainda não me tornei