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Mostrando postagens de junho, 2014

Dinâmica silenciosa

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Paul Gauguin "Society, by automatically stressing all the collective qualities in its individual representatives, puts a premium on mediocrity, on everything that settles down to vegetate in a easy, irresponsible way. Individuality will inevitably be driven to the wall. This process begins in school, continues at the university, and rules all departments in which the State has a hand." Jung       Poderíamos começar nossa conversa dizendo que Rousseau era um romântico por acreditar em um homem naturalmente bom e afirmar que Hobbes, esse sim, era um filósofo mais sagaz, mais atento ao que se passa na realidade da sociedade. O homem é uma peste e somente o Leviatã pode decretar a paz entre nós, desordeiros selvagens. Aqui podemos avançar e dizer que um protesto é perigoso porque quando o povo se reúne não existe hierarquia, não podemos prever o que vai acontecer, em outras palavras - vai dar merda. Nada mais correto que injetar civilização nessa massa, tarefa que terceiriz

Um capítulo de Simone Weil

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Simone Weil     Venho pensando sobre um problema já há alguns anos, coisa que me aperta o coração todos os dias, mas ainda não consegui colocar em palavras. Vou farejando, encontrando sinais, ideias, amigos e autores que me ajudam a clarificar as coisas. Esta é uma procura que segue paralela a minha vida pessoal há tanto tempo que fica difícil me explicar, portanto vou deixando umas marcas pelo caminho - este humilde blog - para saber como voltar para casa.     Nestes últimos dias encontrei um ponto de apoio aqui em Toronto, a Toronto Reference Library. Uma ótima biblioteca onde consigo encontrar uma diversidade enorme de assuntos e autores... tudo isso apenas caminhando. Eu gosto de pesquisar pela internet, mas prefiro andar pelos corredores e olhar as orelhas dos livros, sentar no chão e ler um prefácio. Após uns quinze minutos, escolho dois livros e levo pra uma mesa, dormindo um pouco, tipo uns dez minutinhos. Depois de "pescar" em cima de uma página, de rodar

O Eu que floresce

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Ah... o amor! Nada é mais necessário do que o amor. O amor espalha pétalas sobre o concreto de nossas certezas. Essa ideia arraigada de Ser que se constrói sobre a submissão do Outro está com os seus dias contados, o poder é ilusão solitária. Digo isso porque nosso valores estão infelizmente ligados a uma ideia de poder. Acreditamos desde o inicio submeter a natureza pelo conhecimento e nos sentimos superiores, tão superiores, que o Eu germina. O Eu é uma ilusão rarefeita, gosta das alturas, gosta das formas... ah o 2+2=4! Existe coisa mais doce do que uma certeza lógica? O Eu é essa pedra triste que diz onde a casa começa e termina a rua. O Eu existe junto com uma ideia de que somos sempre os mesmos e que o tempo não nos toca... assim como 2+2 será sempre igual a 4. Depois começa o ciclo de negações, afinal 4 é diferente do 5,6,7... O Eu se relaciona pela diferenciação e pelo controle, não consegue ser sem se reproduzir - infinitamente. Assim dominamos o céu, o mar, as doenças