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Mostrando postagens de março, 2012

O amor, um mal necessário.

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Em uma boa conversa de bar, enveredamos por um tema que despertou meu interesse: profissionais do sexo. Na ocasião, um velho amigo defendia a opinião de que a prostituição deveria ser descriminalizada para que esta classe profissional pudesse ter acesso a direitos trabalhistas e não fosse desamparada em caso de explorações, violência, etc. além de alcançarem uma “dignidade” diante do poder público que lhes permitiria amenizar a situação de discriminação social, logo, a descriminalização seria um caminho necessário para a reabilitação desta classe no cenário social brasileiro, permitindo a melhora de sua de qualidade vida e trabalho. Acontece que a prostituição não é vista em nosso país como “uma entre outras” profissões, antes, é carregada com um forte teor preconceituoso e polêmico que dificulta o processo de descriminalização, além de expressar como esta profissão é direta e indiretamente reconhecida em nossa sociedade. Considerada como um “mal necessário” por nossas autoridades

Nosso coração indigente

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“Não Existe Amor em SP” é uma música que fala muito comigo ultimamente. A despeito de todas as novelas estarem repletas de um amor pastelão, dos posts do facebook ensinando como é o verdadeiro amor, de que maneira encontrar a pessoa certa e atrair seu interesse, sites de relacionamento, até recados do coração em programa de rádio... me parece que o amor nunca esteve tão longe, nosso coração está abandonado. Não entendo por que o amor precisa ser pastelão nas novelas, assim como não entendo nossa realidade paulistana, tão inóspita à manifestações de afeto. Será que a maneira como temos conduzido nossa rotina tem nos enredado em uma trama de atividades que impermeabilizam nossos corações, tornando-nos previsíveis e sociáveis? Seria este o preço a pagar para nos tornarmos pessoas economicamente viáveis? Essa discussão esta abafada, extenuada por nossa incapacidade de questionar, afinal, não temos tempo para essas conversas filosóficas, temos que trabalhar, estudar, correr...uff! Ontem, vi

Sonhando acordado

“Estamos próximos de despertar, quando sonhamos que sonhamos.” – Novalis Ontem, em uma conversa de mesa na hora do café da manhã, um amigo disse ter lembrado de um sonho, porém, não conseguia lembrar com clareza. Por fim, me perguntou se eu já havia sonhado sabendo que estava sonhando, “isso é muito legal” - disse, lembrando de uma reportagem que ensinava a controlar esses momentos de lucidez onírica, porque sempre acordamos quando descobrimos que estamos sonhando. Talvez isso aconteça em alguns momentos de nossas vidas. Às vezes tudo se desencanta, as reportagens dizem as mesmas novidades, os lugares novos já não surpreendem mais, o final de semana já não é tão legal e a segunda não é tão ruim quanto costumava ser. Aos poucos nossos pés começam a flutuar e perdemos o contato com o Outro, ouvimos apenas sons, respiramos profundamente - quantos aromas escondidos passam pela nossa mente e sequer nos permitimos sentir. Nós nos desprendemos à medida que conseguimos superar nossas questões

Fair Play

Ao ler um blog sobre comportamento me deparo com a reclamação de garotas com relação a um novo comportamento masculino: evitar o sexo nos primeiros encontros. Esse comportamento até então atribuído as garotas, agora começa a ganhar terreno entre o público masculino. Estranho não? Segundo uma amiga, a oferta feminina no mercado está causando esta mudança do comportamento masculino, pois agora os homens têm diante de si uma oferta muito grande de garotas, o que lhe permite certa seletividade e até mesmo fazer um “doce” nos primeiros encontros, o que antes acontecia exclusivamente com as mulheres. No blog, vários comentários atribuíam esta seletividade a uma efeminação do comportamento masculino. Os homens, submetidos a uma pressão crescente por parte do avanço feminino no campo profissional, político, religioso... estão acuados, pois perderam uma posição de conforto e agora são obrigados a repensar seu lugar nesse mundo de limites esfumaçados, divididos entre o cafajeste e o bom rapaz, o