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Sem teto da ancestralidade

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Diógenes - um sujeito com dificuldades de encontrar seu outro Uma das minhas primeiras lembranças da vida é de uma tarde em que tinha ido buscar refrigerantes com meu avô japonês, devia ter uns 4 anos. Passando por um parquinho que estava instalado na praça da cidade, uma pequena e pacata cidade chamada Roseira, eu quis andar em um brinquedo e pedi para meu avô deixar eu andar, acho que era tipo um carrinho de montanha russa. Não me lembro bem do brinquedo, mas lembro mais dos operários que faziam a manutenção nos brinquedos. Eles me olhavam rindo, meu avô também, e eu lá sentado no carrinho desligado, pensando... e ai vocês não vão ligar o brinquedo? Como eles não paravam de rir eu comecei a me sentir envergonhado - essa vergonha é o tema de nossa viagem de hoje queridos companheiros de isolamento social. Meu avô, o seu Tadao, tinha três dentes, dois em baixo e um em cima. Ele falava japonês e eu não entendia nada. Ele sempre ria e cheirava pinga, isso talvez explique porque tenho uma