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Mostrando postagens de janeiro, 2012

A metafísica do amor.

Não gosto de pensar em nossos sentimentos como meros elementos coadjuvantes em um horizonte de leis que os transcendem e os comandam, mas creio que isso se deve a constatação de que nossa realidade cultural esta carregada de um determinismo sufocante. Parece que todos ao meu redor caem, pesados com seus desejos, e se acumulam sobre o fundo. Conseguiram o que queriam - tornaram-se coisas, mas ao mesmo tempo uma vertigem os domina, o medo do fim... o fundo. Difícil é manter esta tênue proporção entre o ser e o nada e assim continuar fluindo tranquilamente. Possuir sentido demanda sutilezas que não estamos acostumados a considerar em nossa rotina ocidental, pois logo de cara temos a obrigação de ser muitas coisas - bonitos, endinheirados, felizes, saudáveis...etc. Sendo a vida um fluxo, imagino-a como um rio onde nos dissolvemos e nossa liberdade pode se identificar ao não ser, ou não determinado. Este "não ser" seria um espaço vazio, respeitado, poupado de nossa alma que nos fa