A metafísica do amor.

Não gosto de pensar em nossos sentimentos como meros elementos coadjuvantes em um horizonte de leis que os transcendem e os comandam, mas creio que isso se deve a constatação de que nossa realidade cultural esta carregada de um determinismo sufocante.

Parece que todos ao meu redor caem, pesados com seus desejos, e se acumulam sobre o fundo. Conseguiram o que queriam - tornaram-se coisas, mas ao mesmo tempo uma vertigem os domina, o medo do fim... o fundo.

Difícil é manter esta tênue proporção entre o ser e o nada e assim continuar fluindo tranquilamente. Possuir sentido demanda sutilezas que não estamos acostumados a considerar em nossa rotina ocidental, pois logo de cara temos a obrigação de ser muitas coisas - bonitos, endinheirados, felizes, saudáveis...etc.

Sendo a vida um fluxo, imagino-a como um rio onde nos dissolvemos e nossa liberdade pode se identificar ao não ser, ou não determinado. Este "não ser" seria um espaço vazio, respeitado, poupado de nossa alma que nos faz flutuar sobre as águas, nos permitindo seguir o fluxo e ter um sentido.

Pronto... solucionei a questão do niilismo, do materialismo, do determinismo - podemos nos amar agora??

Comentários

  1. haha!! Muito bom!rs
    É isso aí, Esqueçamos todo o resto e nos concentremos no amor!!
    Sejamos sem a preocupação de ser.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Há brother! por isso sou um péssimo candidato à filósofo..rs

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