Ser o que se é

Nunca mais fui o mesmo depois de sentir a tempestade chegar
E ouvir as arvores acompanharem o vento e suas vagas
Em uma dança turbulenta

Nunca mais fui o mesmo depois de chegar na escola
E brincar com tantos amigos
Correndo até ninguém mais me alcançar

Nunca mais fui o mesmo depois de abrir a janela em uma noite chuvosa
E olhar as poças de água no meio da rua
Respirando fundo o cheiro fresco do aconchego

Nunca mais fui o mesmo depois de jogar futebol na chuva
E correr atrás da bola até ser derrubado
Voltando pra casa todo cheio de barro

Nunca mais fui o mesmo depois do primeiro beijo
E fechar os olhos
Sentindo o coração estremecer por ser amado

Nunca mais fui o mesmo depois de me perguntar pra que a vida
E limpar a culpa amarga
Enfrentando tudo que acreditava

Assim ando, não consigo parar de ouvir
Tudo que você vem me dizendo
Vou me lembrando do que sou
E já sinto saudades do que ainda não me tornei

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. kra como eu gosto desse poema..rs eu acho q consegui por em palavras um pouco do que se passa aqui comigo. kda vez q eu leio as lembranças aparecem espontaneamente, noss que maravilha viver!

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