A Fortuna como divisor de águas
A Fortuna - Tadeusz Kuntze Revirando a biblioteca do quartinho de estudos do meu pai, acabei encontrando uma versão elegante da Cidade de Deus de Agostinho. Contra capa contendo informações variadas, capa dura com um símbolo misterioso, sem enunciados. Livros antigos possuem na tradução uma história tão interessante quanto o conteúdo em si e depois de ler as notas do tradutor, parti para os infinitos capítulos sobre como os romanos tinham vários deuses e como isso não fazia sentido nenhum, se comparado com o Deus único do cristianismo. No meio dos divertidos relatos sobre a história de Roma, o capítulo sobre a Fortuna me chamou atenção. Achei o destrinchamento da reverência irracional da deusa um espetáculo. O capítulo em questão é o 18 do livro IV, cujo título é: Como é que distinguem a Felicidade da Fortuna os que as consideram como deusas? "A Fortuna, essa, pode ser má; mas a Felicidade, se for má, já não será Felicidade." (...) "Mas então como é que a de...