O monoteísmo como contrareligião
"Diferente de Moises, Aquenaton, Faraó Amenofis IV, foi uma figura exclusivamente histórica e não de memória. Logo após sua morte, seu nome foi apagado da lista dos reis, seus monumentos foram destruídos, sua palavras e representações foram destruídas, e quase todo traço de sua existência foi apagada. Por séculos ninguém sabia dessa extraordinária revolução. Até sua redescoberta no século 19, praticamente não havia memória de Aquenaton. Moises representa o caso reverso. Nenhum traço de sua existência histórica jamais foi encontrada." Jan Assmann Meu interesse por Jan Assmann surgiu em uma leitura de O Zelo de Deus, uma crítica do monoteísmo empreendida por Peter Sloterdijk, quando este autor elogia a competente reconstrução da história egípcia feita por Assmann em sua obra Moisés o egípcio. O monoteísmo, junto com o mal e o pecado original, estão bem no centro da minha investigação particular. Por que essa obsessão pelo monoteísmo? Eu sinto uma raiva abissal pelo pensa...