O amor pelo ralo
Foto de um jornal chamado Paraonline, e mostra um pouco do que eu via todos os dias em minhas andanças pela Marginal. O amor é o imponderável, certo? É o brilho do nariz, aquele relâmpago que corta nossas vidas medíocres, que despedaça árvores e incendeia as florestas incautas de nossas frustrações. Amar é tocar(o foda-se) uma transcendência, é fazer sem saber por que... uau! As vezes eu não entendo por que precisamos fugir assim, tão desesperadamente, do planejado e do rotineiro. Por que todo romance tem que ser único? Uma fagulha transcendental que tira nosso fôlego, e nos arrebata a uma experiência sensibilississimamente power e diferente de tudo que já vimos... Quando eu vejo textos e filmes que tentam repetir esse mantra eu me lembro do rio Tietê. Eu sempre me perguntei porque ele precisa ser tão poluído, tão fedido, horrível e, talvez, pudesse responder essa pergunta com outras respostas manjadas, tipo: o Tietê é poluído porque não temos estações de tratamento do esgoto...