Um filósofo dos contos de fadas
G. K. Chesterton / (Domínio Público) Difícil encontrar um religioso que não se exaspera diante da possibilidade da discussão. Entrincheirando-se em uma pseudo superioridade mística, acaba por desperdiçar a oportunidade de descer à arena dos argumentos. A percepção do sagrado encontra inimigos de todos os lados da batalha, tanto dos religiosos quanto dos céticos, ambos tem colaborado para que a espiritualidade permaneça nas sombras. A questão toda se coloca quando levantamos nossas bandeiras. Você é um believer, eu sou uma pessoa razoável... às armas! Qual é o problema deste início de conversa? Existe uma escolha de terreno estratégica que me lança no pântano da crença, sendo que o resto da discussão se passará na redução da fé como uma fuga covarde diante da perspectiva de viver uma única vez, como se a fé fosse apenas uma questão de ter um barco salva vidas no curso de uma vida fadada a acabar. O tema da fé como miragem, ou ópio, para desesperados viventes de um pl...