Pelas Tabelas.

Para nos apresentar e dizer a razão deste singelo blog, digo que escrever sobre o amor e expressar através de palavras esses turbilhões que nos arrastam seria uma maneira de nos aliviar desse fardo que nos consome, pois percebemos depois de muitos bate-papos pelos corredores da FFLCH que falar sobre o amor era uma coisa que nos fazia bem. Em nossas conversas percebemos que este era um tema sobre o qual poucos filósofos debruçaram, o que despertou nossa curiosidade, nos impulsionando a leituras e perspectivas diferentes do que estamos acostumados em nosso departamento.
Eu e minha doce amiga queremos que nossas experiências amorosas deixem de ser apenas intensas lembranças cercadas de pensamentos e dúvidas para dialogar e colocar em primeiro plano uma experiência que nos consome, mas que não conseguimos compreender. Por isso gostamos do nome Wabi-Sabi, porque sentimos que essa estética oriental se aproxima de nossas conversas por abarcar a idéia da impermanência, o que nos parece interessante quando pensamos em transformar nossas pequenas desventuras em palavras, pois queremos tecer neste blog um trabalho que seja belo aos olhos de nossos visitantes, ainda que produzido com matéria tão árdua e arredia: nosso amor.
Uma pequena rachadura se forma em nosso interior, nossas expectativas muitas vezes não se concretizam, amamos sem ser correspondidos, mas o que devemos fazer diante destas inquietações? Lamentar seria muito fácil, mas como somos muito laboriosos pensamos em uma alternativa diferente, amor wabi-sabi.
Assim, apresento-lhes este espaço e, como um ébrio que desperta após muitas horas de sofrimento e estupor, suspirando aliviado por ter novamente uma segunda chance de viver, uma nova história pra contar... prometo: nunca mais beberei na minha vida! Pati eis aqui nossa primeira questão: podemos amar com moderação?

Comentários

  1. Se me permite... não, categoricamente, não.
    Podemos, sim, beber com moderação; falar com moderação; trabalhar com moderação; e até mesmo fazer amor com moderação. Mas amar com moderação é o mesmo que não amar. O Amor é desmedido. Amar é se entregar por completo, é se esquecer se si. A flecha de Eros não permite qualquer tipo de ponderação. E se ao sermos flechados a primeira pessoa a cruzar nosso caminho não for a certa, como não raro acontece, principalmente na primeira juventude, estejamos certos de que também sofreremos sem moderação.

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